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Os preços altos ajudaram a destravar alguns negócios com safra futura de café, mas o fluxo de vendas segue arrastado, informou hoje (21) a consultoria Safras&Mercados. O produtor já comprometeu um percentual alto da safra 2022, especialmente no Sul e Cerrado de Minas Gerais e na Mogiana paulista. Segundo o consultor, Gil Barabach, uma dinâmica comercial acelerada associada às dúvidas produtivas em torno da próxima safra segura um pouco o ímpeto das vendas de safra nova.

“Além disso, os preços seguem muito próximos da máximas nominais, o que favorece a estratégia do vendedor de fracionar lotes e alongar posições, sem pressa em fechar novos negócios. No lado da demanda também não há grande interesse. Questões de fluxo de caixa, por conta do ‘margeamento’ em bolsa, ajudam a inibir um pouco o interesse por posições antecipadas”, diz Barabach.

Levantamento de Safras indica que até o último dia 14 de janeiro as vendas da safra 2022/23 alcançavam 32% do potencial produtivo de 2022. Isso corresponde a um avanço de 3 pontos percentuais na comparação ao mês anterior. E, mesmo mais cadenciada, as vendas seguem comparativamente bem aceleradas, uma vez que em igual época do ano passado o comprometimento dos produtores estava em 19% da safra.

Destaque às vendas de arábica, que alcançam 35%. Estavam em 26% em igual período do ano passado. Já as vendas de conilon alcançam 33% do potencial produtivo, contra 8% em 2020. “O interesse da indústria local, por conta do arábica caro e da mudança no blend, explica essa performance”, diz Barabach.

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