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O café dá vontade de levantar da cama de manhã, dá ritmo aos seus dias. É, para muita gente, aquele pequeno prazer essencial no dia a dia.
A produção de café especial é trabalhosa. Cada etapa, desde a plantação, colheita, seleção, processamento, torrefação até a xícara, é mais minuciosa. O manuseio e o cuidado de cada fase do produto são cruciais, a embalagem precisa estar intacta e a fabricação culmina uma cadeia de excelência. O preço cobre todas as nuances.
Índice de qualidade
Todo o café é classificado com uma pontuação de qualidade de 100 pontos. Degustadores profissionais e certificados chamados Q Graders anotam cada particularidade de um café (aroma, sabor, textura, uniformidade, etc.) em um processo chamado “cupping”. Se o café for avaliado acima de 80 pontos, pode ser classificado como café especial.
Além dessa pontuação, a amostra do lote deve apresentar apenas uma quantidade mínima de defeitos, classificados em diferentes categorias. Se houver muitas faltas, o café é automaticamente desclassificado.
Várias técnicas ao longo do cultivo e colheita podem ser empregadas para limitar esses defeitos:
- Frutas podres e frutas verdes não podem ser colhidas. Isso geralmente requer colheita e classificação à mão.
- Pedaços de madeira e pedras devem ser removidos.
- Defeitos como doenças ou defeitos de sabor às vezes só se tornam aparentes após a torrefação.
- Alguns ainda passam pelas rachaduras, como defeitos de molde. Um único grão afetado arruinará totalmente a bebida na qual é usado, mas não o restante do lote de grãos. Felizmente, estes são relativamente raros.
Rastreabilidade
Para que um café seja uma “especialidade”, é preciso também poder rastrear toda a cadeia produtiva até a fazenda (ou cooperativa) que o cultivou. É por isso que você terá informações sobre uma sacola de café especial que não encontrará no café de supermercado. Essas informações também fornecem pistas sobre o perfil aromático de um café.
Será mesmo que o café especial é mais caro que o café encontrado no mercado?
O café comercial é feito principalmente de grãos de café onde são encontrados vários defeitos como; paus, insetos, para manter os custos baixos. Normalmente, a mistura é feita com grãos de café Arábica e Robusta, que possuem aromas e sabores muito diferentes. Por outro lado, o café especial vem de um grão específico, geralmente o arábica, portanto não há mistura de grãos.
Além disso, a produção comercial de café é mais industrial e está voltada especificamente para vendas e consumo de massa.
O café tradicional custa, em média, R$ 32 o quilo. Vale lembrar que este quilo de café tradicional traz cerca de 10% de impurezas (milho, arroz, palha, madeira e restos de insetos), 20% de café da espécie Conilon (muito mais barato que o arábica) e, por fim, 70% de café arábica de baixíssima qualidade (refugo do que sobrou de defeitos, verdes e quebrados). Para seu preparo, são necessários 12 gramas de pó (uma colher de sopa cheia) para cada 100 mililitros de água. Sendo assim, 1 quilo de café tradicional rende 8,5 litros de bebida.
Já o quilo do café especial sai por volta de R$ 68. Usa-se 7 gramas de pó para cada 100 mililitros de água. Ou seja, 1 quilo rende 14,3 litros de bebida. E vale reforçar que neste caso estamos trabalhando com 100% de café arábica de altíssima qualidade e sem defeitos.
Após alguns cálculos básicos, sem levar em consideração o valor do açúcar – que para o tradicional é quase que obrigatório para conseguir consumi-lo -, temos os seguintes números: o litro do café tradicional custa R$ 5,30 (ou R$ 1,06 por xícara de 200ml); o especial, por sua vez, vale R$ 4,80 o litro (ou R$ 0,95 por xícara)
Fiz e refiz os cálculos porque, assim como você, fiquei realmente impressionado com o resultado. Todos nós pensávamos o oposto dessa realidade, não é mesmo?
Então que tal, como resolução de ano novo, passarmos a consumir cafés de qualidade e com procedência? Além de ser infinitamente melhor para a saúde, ainda estaremos auxiliando no desenvolvimento de regiões produtoras e enaltecendo o trabalho de quem cultiva.
Fonte: Revista Exame
Embalagem
Finalmente, a embalagem é totalmente diferente. O café comercial é produzido em massa e frequentemente enviado a granel para supermercados e lojas. O diferencial do café especial é que sua embalagem é especial e única. É feito com o maior cuidado para evitar qualquer problema ou sujeira em seu processo, acabando por proteger seu sabor com técnicas que só os especialistas em café conhecem.
Que tal uma xícara de um dos nossos cafés especiais Break Coffee?
