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Milhões de pessoas em todo o mundo tomam café para começar o dia. Na verdade, a bebida é tão popular que o consumo estimado é de cerca de 2 bilhões de xícaras diárias .
Uma lenda do café
Diz a lenda que um pastor de cabras chamado Kaldi, da Etiópia, descobriu as propriedades estimulantes do café. Ele observou que suas cabras estavam cheias de energia à noite depois de comer os frutos do cafeeiro.
Alguns relatos dizem que ele partilhou esta descoberta com o abade local, enquanto outros afirmam que o monge testemunhou o comportamento estranho do pastor e das suas cabras e levou algumas frutas para o mosteiro. De qualquer forma, as frutas os ajudaram a ficar alertas durante suas longas orações.
Os primórdios do café moderno
A popularidade da bebida se espalhou por toda parte, mas a versão moderna do café torrado apareceu pela primeira vez na Arábia no século XIII. Duzentos anos depois, o café estava sendo cultivado na Península Arábica.
Ele então se espalhou para os países vizinhos do Egito, Turquia, Síria e Pérsia no século XVI, onde era consumido em Gahveh Khanehs (cafés públicos) que surgiram em muitas cidades do Oriente. Esses cafés tornaram-se um polo social e um importante centro de troca de informações.
Café na Europa e no Novo Mundo
No século XVII, o café se espalhou para a Europa. Muitos cafés foram estabelecidos na França, Holanda, Alemanha, Áustria e Inglaterra, onde mais de 300 estavam em Londres. As pessoas continuaram a reunir-se nestes espaços públicos para partilhar uma bebida e trocar ideias.
O café foi então trazido para o Novo Mundo em meados de 1600 em Nova Amsterdã (Nova York), embora o chá tenha permanecido o favorito por muito tempo. No entanto, após o Boston Tea Party em 1773, quando os Filhos da Liberdade despejaram o chá britânico em protesto, beber café tornou-se um dever patriótico.
Café nas Américas
O café acabou chegando às Américas quando o jovem oficial da marinha Gabriel de Clieu foi encarregado de transportar uma muda para a Martinica em 1723. Ele conseguiu apesar de muitos desafios que incluíam clima severo e ataques piratas. O jovem, tornou-se o pai de todos os cafeeiros do Caribe, América do Sul e Central.
O café no Brasil
Portugal ainda não possuía mudas de café quando, em 1727, por determinação do governador e capitão-general do estado do Maranhão, João da Maia da Gama, o sargento-mor Francisco de Melo Palheta dirigiu-se para a Guiana Francesa com a missão de restabelecer a fronteira fixada pelo Tratado de Utrecht de 1713.Com uma missão secundária “especial”, de adquirir mudas e sementes de café, tornou-se o introdutor do cultivo de café no Brasil.
Da sua chegada ao Brasil até a consolidação como modelo econômico, passaram-se 100 anos de história do café. As produções cafeeiras no país começaram em pequenas lavouras, mas, com o passar do tempo, o chamado ouro negro foi responsável por um recomeço para Portugal.
Foi somente no séc. XIX, na região do Vale do Rio Paraíba, que as plantações de café no Brasil ganharam maior representatividade. Isso aconteceu, principalmente, devido à escassez do ouro e a alta concorrência do açúcar, pois era necessário encontrar alternativas que superassem os problemas econômicos. Assim, a expansão do café no Brasil surgiu como uma oportunidade. Atualmente, o Brasil é um dos principais produtores e exportadores de café do planeta. A cafeicultura nacional, tornou-se uma das mais rígidas do mundo, pois a produção está constituída em uma regulamentação que respeita biodiversidade.