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O café é um dos produtos mais tradicionais do Brasil, seja para consumo, seja para exportação. O costume de tomar café está enraizado há séculos em nossa cultura e, tendo isso como base, pode-se dizer que somos um povo apreciador da iguaria em diversos modos de preparo, inclusive.

Porém, mesmo com a crescente tendência, muitos ainda podem estranhar as palavras “café” e “gelado” ditas em sequência. O hábito de se tomar a bebida sempre quente vem conhecendo uma nova vertente de preparo, típica dos norte-americanos e que se consolidou ao longo dos últimos anos por lá.

DE ONDE VEIO O CAFÉ GELADO?

A origem do “cold brew”, como é chamado, está ligada aos Holandeses no século XVII. A idéia era facilitar a bebida para transporte, preparando uma mistura bem concentrada de café em água gelada, a fim de ser aquecida e coada quando fosse tomada. A técnica foi utilizada, mais tarde, também pelos japoneses (Kyoto style) e os franceses (já no século XIX).
Na década de 1960, o cold brew teve seu auge no Japão e se consolidou nos mercados europeu e norte-americano.

DIFERENÇA DE PREPARO

O cold brew demanda mais tempo de preparo do que o café tradicional, mas é justamente a extração longa que lhe dá um sabor característico. Recomenda-se uma moagem de média a grossa em água fria. A mistura deve permanecer entre 12 e 16 horas no refrigerador. Depois, basta coar para retirar a borra. A prensa francesa é o equipamento mais indicado para esse processo.

CARACTERÍSTICAS DO COLD BREW

A bebida preparada desta maneira apresenta algumas vantagens que podem explicar por que vêm crescendo o interesse por ela.

O café gelado é ligeiramente menos ácido e com maior teor de cafeína. Agride menos o estômago e é mais efetivo quando se busca os efeitos de sua principal substância. Seu aroma é mais marcante, mas o sabor é mais doce e leve, ideal para quem prefere cafés mais suaves e fáceis de tomar. Pode ser tomado puro com gelo, leite e até com tônica.

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